AO EXPLICAR-ME
A rotina dos meus devaneios...
O dia-a-dia dos meus anseios
transparecem em poesia
que de mim brota, sadia
A fantasia em que adormeço...
O vigor novo em que amanheço
esclarecem meu dom
sem medida ou tom
A materialidade me aniquilaria
num mundo caótico sem harmonia
Sem o devaneio e a fantasia
meus dias cairiam em agonia
A espiritualidade se comprova
num mundo que sempre se renova
A rotina de amanhecer nova
todo dia, me põe sempre à prova
Muito já bati em mesma tecla
e em racionalidade que disseca
a realidade íntima bateu mais forte
e me rendi a minha própria sorte:
De ser poetisa e revolucionária
Sem armas ou brados, libertária!
Mostrando em exemplo vivo
a felicidade de não estar-se cativo!
Anorkinda
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